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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Live or die?



Envelhecer é morrer,  
é sentir o seu infinito particular estragado de falhas e deformações, consequente de nossas ações egoístas.
É estar imerso em buracos negros, aprofundados com o tempo.
É ter dentro de si um espaço ocupado de uma falta constante,
inválida e indescritível; contudo, sentida.


Amadurecer é amar,
é preencher aquele velho espaço com esta ação digna e tão seletiva. 
Eis a cura de toda a falha. 
E não falo do estado de ser amado. Isso aí pode ser sorte: quem sabe, uma deliciosa recompensa. Ainda que seja, é abstrato demais. Depende mesmo é da existência, ou não, da sua fé. 

Di

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Aproximação

Não entendo por que a distância emocional me aproxima das pessoas, mas a proximidade integral é digna de distanciá-las. Cabe a mim administrar tais estranhezas, e estar próxima de algo cujo eu não sou?

sábado, 16 de julho de 2011

Felicidade.


A tal da felicidade mais parece um cubo mágico: penso nas diversas vezes que tentei resolvê-lo e no orgulho que teria caso conseguisse. Talvez, de certo modo, o cubo mágico decifrado desfrutasse dois desejos: 
O de permanê-lo intacto como se fosse um troféu.  promovendo a sua inutilidade eterna. 
O desejo mais maluco que, particularmente, o considero mais bonito:  o de bagunçá-lo novamente, arriscando-me de novo a viver este desafio.
 Assim seria o meu sentido de felicidade. Quando eu a tiver nas mãos, não cairei na tentação de ser "mais segura" permanecendo-me no tédio certo. Deixarei então ela oscilar, afinal me sinto melhor vivendo este hipotético novo e eterno desafio.
Di.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Redenção.

Enfim, eu admito.
Assumo, diante das minhas forças sinistras, que mesmo sabendo andar sozinha e mesmo sendo capaz de distribuir risos e afetos para o mundo inteiro, ainda assim, sinto falta de viver só por um você.

Di

sábado, 2 de julho de 2011

Ânsia de ser humano.



Ultimamente o mundo anda perdendo a noção da simplicidade. As pessoas expressam-se mal, maquiam as evidências, mentem descaradamente. Em nome do orgulho, a gente finge que não vê e nem sente. Escondemos o tesouro a fim de fugir do sofrimento pela rejeição. No fim, sofremos também pela indiferença, pela eterna inconclusão, e engolimos o choro. Sentir amor  tá ficando muito complexo, ou isso se trata apenas de covardia?

Di