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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Tempo...

E assim mais uma etapa se acaba,
pois os traços de criança que me moldaram
se diluíram com o tempo.
Mas eu ainda tenho muito medo do escuro.

Preciso do amor que vivi naquele tempo
e que a luz que ele carrega bata de frente
com tudo aquilo que invento,e comento.
E que tento.
Me sobra algum tempo
pra o vento novamente
carregar-me a você?
Meu momento de sustento,me deixa respirar você?

Diana Silveira

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A nossa nova-velha história!


Existem coisas difíceis de entender. Pelo menos por mim... E não vai adiantar me explicar, eu não vou entender mesmo. Talvez eu nem queira... A saudade, por exemplo, é um negócio complicado. Por mais que tudo continue como estava, que as coisas estejam no mesmo lugar, parece que nada esta certo, que nada está bom. E nada mundou. Está tudo do mesmo jeito. O simples fato de você não estar por perto faz o mundo perder a graça. As coisas e as cores ficam todas acinzentadas. Tudo muito monocromático num mundo que era tão colorido. As piadas não parecem tão engraçadas, os dias não parecem tão lindos. O meu riso já não é mais tão feliz... Mas o problema não é com o mundo, não é com as cores. O problema é o vazio aqui dentro. A saudade que dá não te ver de manhã. O problema é que, quando você não está eu me sinto incompleta. O problema é que eu te amo.


Mikaella Sousa

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Sopro de reflexão

Retorne alguns passos,
beba novamente um gole de passado.
Embriagar-se e refletir em sintonia excelente
Não vai ser bom somente para mim.

Não dê limites a paciência.
Sabedoria é a arma de quem muito a tem.
Interagir nos mais íntimos olhares proporciona
percepção muito acima da tola visão clichê.

(quanta idiotice)

(excessivas expectativas...)


Entretanto,
a minha maior angústia,
é saber
que os séculos passam depressa demais,
e eu tenho menos de um.

(e agora?)

Diana Silveira

domingo, 9 de novembro de 2008

Brilhante!

A vida é um dom
E por ser aquilo que nos é mais precioso
Devemos aproveitá-la
Se cair, levante
Se chorar, dê um sorriso
Se tudo lhe parecer impossível
Olhe adiante e veja a esperança.

Acima de tudo
Para tornar a vida válida
Ame, ame intensamente
Mesmo que o homem em sua pequenez
Venha a criar limites a sua própria vida
Tenhas coragem
Saiba viver.


Paulo =]

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Eu?

Hoje alguém me disse que eu racionalizo o amor.
Disseram-me que eu não estou apaixonada por ninguém.
Definiram-me assim.
Disseram que eu estou apaixonada pela idéia do amor, e não pela existência dele em mim.
Disseram que eu amo estar com alguém, mas não amo ninguém.

O que mais me impressionou foi que essas afirmações têm fundamentos seguros.
Hoje alguém me fez refletir.
Seja quem for o precursor da minha faceta, bem que ele foi tocante... Eu o amo.

Ah, eu achei isso ótimo, enfim!
huuu...

Diana, tens dúvida?

domingo, 2 de novembro de 2008

Auto-sensação!


É por um dia melhor que eu escuto um som,
é por tentar brilhar que eu observo uma estrela.
É por tentar amar mais que eu sou minha auto-amante.
Talvez sobre espaço pra você, talvez sobre espaço para nós.

Foi por minha causa que eu parei de fantasiar os fatos.
Foi por minha causa que eu comecei a pensar meus passos.
Talvez eu ame você, mas isso não é tão importante agora.
As lágrimas esperam pra sair, já o riso não.

Foi pra me auto-satisfazer que te achei bonito.
Foi intensamente vivido porque eu queria acordar sorrindo
Alguém pode sentir o mesmo amanhã, ou não.
O ar que respiro é o mesmo que você se engasga.

Eu não pensei em ninguém quando os nossos lábios se tocaram.
Pensei se você repetiria a dose, mas não esperei repetir!
Porque sofrer por outro alguém é tão diminutivo!
Concluí que seu passageiro desejo foi muito bom para mim.

Yeah, hoje é o dia do amor ideal,
Yeah, hoje é o dia me amar e as sobras se estocam.
Yeah, hoje é o dia de ficar mais vivo e alimentar meu ser.
Yeah, hoje é o dia. Hoje é o dia.

Eu juro que eu me amo! Eu juro amor eterno! Amém!


Diana!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Preciso do novo.


Huu.
E quanto às flores do seu jardim,
deixe-as secar e vem para mim
que ultimamente ando tão constante.
Já não consigo discernir
meu corpo do resto do mundo. Huu.

To de paralisia sentimental,
na verdade, to precisando de uma dose de vinho
de paixão, de desilusão.
Não tenho nada pra chorar.

Por que continuas nessas flores
se seca cá eu estou?
Tão inorgânica indiferença constitui
este meu corpo, insípido, inapto...

Huu...
Preciso ser
Preciso saber quem é meu mundo,
quem sou eu.
Preciso de flores,
preciso então saber quem é meu corpo
e o seu.


Diana

terça-feira, 21 de outubro de 2008

waiting'

Passei horas ansiando ouvir tua voz... Dormi ao lado do telefone orando pra que ele tocasse e a voz do outro lado fosse a sua. Orando por dentro, pra que o seu "boa noite" me fizesse dormir mais leve. Mas não foi. A sua voz não veio. Eu não dormi. Já não tenho mais tanta paciência.
Este meu turbilhão de sentimentos tem deixado meu coração aflito. E de certo a culpa é toda sua.
Você me deixou assim... O meu desejo de você me deixou assim. A minha angústia virando "pré-ocupação", eu querendo saber se está tudo bem, se você já adormeceu, se lembrou de mim. Infelizmente disso eu não sei, e nem sei se vou saber.
Mas o mais "pré-ocupante" mesmo é a falta que você mês faz, é saber que amanhã será um dia novo-e não terá nenhuma graça, e meu coração continuará em angustia... Amanhã estarei novamente esperando. Sentada alí, inerte, olhando pro telefone e rezando por dentro. Desejando
mais que tudo aquela paz que só você me dá. Que só sua presença me traz.

Obs.: " Aonde está você? Metelefona.
Me chama, me chama, me chama."



Mikaella.

sábado, 18 de outubro de 2008

18 de outubro


Tempo bom era tempo de ser criança. Quer dizer, não criança, éramos pré-adolescentes! Falávamos de namorados, andávamos de bicicleta na rua, assistíamos filmes de terror e brincávamos de bola, piscina de plástico, corrida (eu sempre perdia essa)... Vivíamos em paradoxo e nem sabíamos de fato o que realmente se passava. Só sei que foi com você, Érika, que compartilhei meus primeiros segredos, minhas primeiras angústias (irrisórias ainda, rs), meus primeiros casos de amor (descasos, na grande maioria, haha).
Lembro-me de cada ano que passamos juntas, de cada aniversário e de cada “omelete” que fizemos em sua cabeça. Vivemos cada instante como deveria ser vivido. Trocamos pescas de matemática (eu sou foda, hehe) com as de geografia (você é foda, hehe). Brigamos por pirulitos e por mentiras, mas por fim nos entendemos. Comemoramos 11, 12, 13, 14, 15 (ah, as fantasias dos 15), 16, 17 e por fim, agora os 18 anos juntas. Eram tantos os sonhos e com eles as outras tantas decepções...
Passaram anos, passaram outros amigos e companheiros, tomamos rumos diferentes, mas nossa amizade se manteve firme e forte, graças a Deus. E não importa o caminho que escolhemos para sermos felizes, (seja por estudos, seja por amor) o que importa é que quando estamos juntas o conceito de felicidade entre nós é o mesmo: é o companheirismo e amizade. E quando estamos juntas, estamos felizes.
Hoje, 18 de outubro de 2008, estás completando 18 anos, e de tantos outros aniversários, fico feliz por estar fazendo parte deste, em especial, pois prometemos que quando tivéssemos os 18 anos nós iríamos morar em república e que nunca iríamos beber: você foi a primeira prova de que nem todas as promessas podem ser cumpridas, rs.
Realmente, a esfera de criança torna tudo tão simples. Na verdade, eu nunca quis conhecer a complexidade da maturidade. Então façamos um trato, assim como sempre fizemos na infância: Pra sempre, juntas. Pra sempre criança.
A nossa amizade é maior do que qualquer expressão de maturidade. É maior do que a crueldade do tempo.

Te amo.
Diana

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Soneto à sombra


O que é, de fato, essa sombra?
Que me acompanha todos os meus fatídicos passos
os quais me direcionam diariamente ao fracasso,
e cada vez mais a minha alma se assombra.

A luz se emite em minha face e reflete vaidade.
Já que o externo eu burlo com muita facilidade.
Manipulo a minha forma, e por isso sou bela.
Vai e vem maquiagem, escondo as mágoas do eu - donzela.

Triste ilusão, inflamada beleza!
A luz que te ilumina também molda a fraqueza,
e é no chão que se encontra a escura companheira.

O que se vê, pra sempre ela acompanha.
E no meu quarto, a consciência deixa de ser tacanha.
E quando fecho os olhos, escura sombra então torna-se canseira?!


Di.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sem explicação


Expandir-me nas palavras, porque breves palavras são menos complexas e mais intensas. E em casa, o "c" controla o vôo da asa. O coração mantém-me viva, porém inativa. Cadê a ação que prometeste? Incolor, talvez. Paixão atrapalha, e muito vicia.

Descoisificar, desfuncionar, desestruturar a organização molecular. Por que o mundo irá consumir de si mesmo em um processo entrópico? De qualquer maneira, seremos um só bolo de carne e idéia...

Energia, modifica meu mundo, não me vista de trapos dessa gente rendida. Rendida ao descaso, à ignorância, à comum forma de amar. Sobre o amor, desconheço forma, desconheço conteúdo, desconheço você, me desconheço.

Não tem explicação...

Di.

terça-feira, 23 de setembro de 2008


Depois de horas a fio escrevendo e apagando - escrevendo e apagando umas mil vezes. Deixei pra lá, as minhas idéias (neste exato momento) estão meio desorganizadas. Poizé...
O fato é que: eu preciso escrever! Sobre qualquer coisa... Uma coisa qualquer.
Sobre um casal no cinema, um beijo na chuva, uma menina e sua boneca. Sei não. Só sei que tenho que escrever. Sem tema, sem definição, sem prestar muita atenção... Eu só preciso escrever. Sem seguir nenhuma linha, sem linguagem própria, sem aquele Português que nos deixou de recuperação na colegial, escrever como conversamos, olho no olho... Aquele tipo de coisa que pode ser trocada por um abraço ou um sorriso... Ou os dois.
Preciso porque as palavras fluindo de um jeito maluco. De repente, ligou-se um fio ao cérebro e ele só pensa em falar, falar e falar. E eu, sem ter com quem conversar... Escrevo, escrevo e escrevo. Exatamente o que ele ordena. Graças a Deus meu cérebro ainda é o chefe. E que chefe...
Talvez eu precise escrever sobre meus medos e sobre as coisas que me fazem feliz. Escrever sobre os meus sonhos e sobre os meus fantasmas. Sobre fantasias, sobre flores, margaridas, bombas e canhões. Sobre a guerra lá longe, desencontros do caminho... Quem sabe até escrever uma história sobre amores e desamores? Uma menina e sua boneca, novamente (ela não me sai da cabeça)... Ou até sobre as coisas que faço quando sei que ninguém me vê. Não sei. Me estendi muito, escrevi várias linhas e ainda não sei sobre o que eu queria mesmo escrever. Tanto faz. Eu precisava mesmo era escrever... Só isso.

E se eu não posso ver... Fico imaginando.”

Mikaella Sousa*

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Corpo.

Palpita coração saudável:
palpita com a mesma harmonia,
com os mesmo ritmo,
com a mesma freqüência,
com a mesma subsistência.

Respira, pulmões robustos:
Capta todo o ar puro necessário,
filtra o que dele é útil,
com a mesma eficácia,
com a mesma sintonia.

Meu corpo se dispõe em perfeita simetria.
Os órgãos, tecidos, células, moléculas
todos organizam-se conforme os serviços.

Meu cérebro ordena, empregados obedecem.
Voluntários músculos,os ossos articulam.
e sem pelejar, as pernas se movem.

Mas então, qual é o propósito de ser tão perfeito?
Se minha composição molecular tende entrar em processos entrópicos,
Se minha eletrizada massa corpórea tende sempre
ser atraída pelo descaso diário,
Se o exterior deteriora tudo aquilo que em saúde conservo?

Então o estúpido externo me traz a paixão.
Ela toma posse do meu corpo com a maior ousadia! .
E como uma ineficiente chefa, ela desconfigura todo o sistema,
de repente navega em meu sangue excessiva adrenalina
Me vem a desordem, me vem a loucura, não tenho controle!
Arritmias cardíacas, faltas de ar, impulsos a solta!
Miocárdio acelerado, alvéolos pulmonares insuficientes!
Emocional instável, alerta vermelho!!
.
.
.
.
Morri.

Diana Silveira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Fim da lógica.

Adeus, lógica.
Viver em regras não agrada minha liberdade.
Tuas manias ofenderam minha tísica humanidade,
de menina me tornei uma inócua mecânica.

Prendeste minh'alma e mataste as sinestesias
Transcenderei o que sinto, me alimentarei de fantasias.
Não haverão lanças cravadas no meu interior.
Aberto meu seio, carne a mostra, há amor.

É chegado o final do receio da dor
se a sinto, sei de fato que é real
em meus dedos escoarão versos de verdade animal
poderei dizer que sinto sua falta, sem nenhum pudor.

Além da posição de palavras, ainda estou presa a você, maldita!
Retire-se de meus versos, vai embora, monstro canalha!

Vêm a mim, versos tristes de saudade!
Vêm pra mim, versos insanos, apaga vaidade!
Tato firme, minha fera forte, pega ela! Devora!
Fora! Fora! Fora!

E ela já foi...
Não rimo mais,
Não enquadro expressões,
não evito repetir
As palavras então expõem minhas escolhas;
Sem pudor direi mais de uma vez
que eu sinto a sua falta,
e que meus dedos movem versos tristes de saudade.

Vem saudade, vem amor, vem sensação, vem tensão,
Ficaria melhor se tirar o "n", tirar a capa, tira a roupa.
Então pode vir meu bem, o monstro regular já se foi...


Diana Silveira, 08 de setembro de 2009

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Por mim...

"Sou cheia de manias. Tenho certas carências insolúveis. Talvez seja mimada. Sou teimosa. Muito simpática, alegre . Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola, elas deixam um 'futum' na gente. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto.
Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos de verdade, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chatinha, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chatinha, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Às vezes...
Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Chevett."


Obs.: " Sem mais perguntas, meretíssimo!". Rs


 ( Fernanda Young)

Mikaella Sousa*

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

L'amour

A um tempo atrás um amigo meu (boêmio irremediável) me disse uma coisa... Em meio a um gole e outro... E eu quase acreditei:
"Querida, a gente ama várias vezes na vida. Amores vêm e vão."
Ele me disse ainda outras coisas. Mas a que agarrou-se à minha memória foi esta.
Eu disse que QUASE acreditei, né?!
Até por que, de certa forma ele pode ter razão (ou as suas próprias razões, sei lá).
'Poizé', desde então eu fico pensando nisso...
Cheguei à conclusão de que ele talvez não soubesse o que é o amor. Pobre rapaz. Talvez a boêmia tenha lhe arrancando o amor. Não o "amor" que passa... Que pode até deixar alguma saudadezinha no fundo do peito. Mas que passa! E que, creio eu (creio EU!), não é de fato amor.
Eu digo do amor que chega a assustar, que beira a insensatez, a sem-vergonhice (segundo minha sábia avó!). Que vem de dentro, que tomar tudo ao redor. Que dá medo. Que tudo quer, que tudo deseja... Um amor que é inevitável, inesgotável. Aquele que é visceral!
Talvez meu pobre companheiro não tenha conhecido um amor assim. Mas um dia ele chegará, até para os mais boêmios (Nelson Gonçalves que o diga). E eu que cheguei a pensar que o tal amor não chegaria para mim... E mais uma vez, estava errada.
Quando a gente menos espera, ele chega e invade sua vida. Sem dar avisos. Sem pedir licença.

Obs.: " Tu vens, tu vens. Eu já escuto os teu sinais."

Mikaella Sousa

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dedicatória a um desengano

Em minha garganta há um intricado de rancor profundo.

Que entalada se acomoda na situação encontrada.

O desfecho é comum e esperado a todo tempo

e mesmo assim sobe em mim uma ânsia de desespero.


E me revolta o seu hálito afastado de minha língua.

E no encontro de outros beijos a minha saliva não se sacia.

Não mais seus braços me confortam de abraços.

E minhas mãos agora frias tremem de ressaca nesse outro dia.


Mas me desgasta ver seus lábios balbuciando outra mentira.

Mesmo óbvio, o desengano surpreende-me pois veio de ti.

Logo de ti, insensato, você alimentou mais ainda meu ceticismo.

E minha sina acabou de ser traçada pelo seu rascunho infeliz..


Mas o ciclo desenhado por ti ironicamente me mantém por perto.

e nesses incríveis passos vejo o quanto seu disco está arranhado.

Um dia, meu caro, pisarão nas suas criações.

E de escárnio será feito os seus cobertores de solidão.


Quem és tu? Criatura grotesca!

Para quê fingir tamanha esperteza?

Já que num dia, sentirás incansavelmente o que tanto doeu em mim!

E assim, sem nenhuma compaixão, quebrarei as pernas de sua euforia!


Por enquanto, vou sentar e tomar mais uma dose de meu desafeto.

O futuro é mais certo para aqueles que como eu conhecem bem seus ciclos de caminho.


Diana Silveira, Agosto de 2008

domingo, 17 de agosto de 2008

Versos Mudos

Por de trás daquele muro existe um homem que não fala

Reluzem cicatrizes em seu corpo que revivem uma saga

É um homem pacato e triste, que sempre lutou para sobreviver

Uma vida, que mesmo poetas obscuros, não ousariam descrever


Em seus versos mudos impregnados de ódio e vingança

Vemos nascer bolhas de pus negro no coração de uma criança

Uma criança que não consegue chorar, pois suas lágrimas enfim secaram

Diante da angústia negra e opulenta dos exércitos que chegavam


Interessante o corpo deste homem, está coberto por cicatrizes

Mas não são simples marcas de cortes e pancadas

É uma história fascinante e repleta de raízes

É um conto fétido onde se assassinam fadas


Cada parte do seu deteriorado corpo revive parte da sua vida

São palavras em forma de versos que estão cravadas e não escritas

São memórias vivas que tatuam com fervor sua pele

São lembranças doentias que lhe trazem dor e febre


A guerra era tão dura quanto as balas que lhe atravessavam o corpo

Mas qual seria o motivo desse homem hoje ser tão absorto?

Algo estava cravado e sangrando no seu peito:

Matei meu filho, no fim já estou morto.


Mateus Eça

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Estranha Anencefalia

Ah, leve intuição,
acabou-se, em toda suma, o tolo receio
onde tive ao buscar com muito anseio
a minha simples colocação.

Oh! Querido ser metido a racional:
_Sei que muito queres flertar em minha cabeça,
e manipular de forma tosca toda a minha tristeza.
"Quem sabe ela se torna uma mulher comum, e coisa e tal"

E de tanto trabalhares na terra a me plantar,
vivendo o infinito desejo de me vegetar;
hão de aparecer, muito doloridas
tuas chagas, entre bolhas e feridas.

Eu agora, num breve sentimento de piedade
limparei as tuas chagas, não de todo o meu coração.
Alimentando o teu pedestal de muita vaidade,
vestirei o teu corpo de estereotipada visão.

Não vedes?, pois, medíocre alegria!
Que chorei e gerei sua intensa agonia.
Tremes e gela de tanta fobia,
e que agora é você quem sofre de estranha Anencefalia!!


Diana Silveira, março 2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sonhos

Sonhos são muito bonitos quando poetizados... Mas, como toda poesia, esconde frustrações de quem escreve. A vontade de ser o que não fui.
Esse não é o papel dos sonhos... Eles não existem pra fazer as pessoas satisfeitas pelo que não alcançaram, só porque tudo não passou de um sonho... Eles estão aqui para nos dar forças de irmos atrás daquilo que queremos e acreditamos!
Uma das sensações mais controversas que existe é a de se realizar um sonho! Um misto de "Uhú!" com "E agora?". Cheio de um orgulho quase contemplativo quando o vemos se solidificar. “É isso aí! Exatamente como eu sonhava!".
Enquanto isso se pensa retrospectivamente em cada um dos passos que tivemos que dar, cada coisa que tivemos que abdicar (são tantos os pensamentos.)... Essa controvérsia vem do simples fato de estarmos acostumados a ter sonhos para serem sonhados.
É assim que nós (humanos) somos! Justificamos fracassos de realização com sonhos, limitações pessoais com super-heróis, o desconhecido com a religião (bruxaria... sei lá...)... às vezes é mais fácil... apenas sonhar!
Tenho, sim, muitos sonhos...
Alguns modestos, outros nem tanto... Mas mantenho-os vivos. Cada vez que consulto o relógio e a folhinha percebo que tenho menos tempo para realizá-los, e esse é um prazo que não se atrasa. Não há nada para negociar o tempo que faltou para realizar um sonho enquanto a gente era vivo... Os segundos passam, mas os sonhos continuam...
E eles não me dominam somente nas horas que eu vou dormir pensando no que será do amanhã. Eles saltam ativamente como critérios a cada decisão tomada, todo o tempo... Encaixados no meu futuro, e não em um conto de fadas(apesar de eu acreditar neles).
Tive a sorte de realizar alguns sonhos até agora (alguns modestos, outros nem tanto...) e eles sempre vem acompanhados da mesma sensação de "será que estou fazendo a coisa certa?". Mas quando ponho minha “dose de realidade” pra funcionar percebo que só quem realiza os próprios sonhos pode estar fazendo a coisa certa... E me contento com a escolha de uma vida insistentemente idealista...
Com alguns sonhos já não tive tanta sorte. Mas nunca porque eram simples sonhos... Alguns por falta de dedicação, outros eram sonhos bestas (a verdade é que talvez eu não tivesse tanta vontade). Alguns outros, com muito pesar, tiveram que deixar de ser prioridade dependendo da fase da minha vida e dos recursos disponíveis (esses ficam na listinha dos "quem sabe um dia"...).
Encaro meus sonhos como projetos, que me coube a tarefa de gerenciar. Tenho sempre que esperar o melhor para a realização de todos eles. Definir prioridades. Estabelecer prazos coerentes. Transformá-los em metas a serem alcançadas.
A cada fracasso, reavaliar. A cada sucesso, evoluir. Cada sonho é sempre parte de um sonho maior, um projeto maior. Todos eles encontram-se no maior dos projetos, com um prazo finito e indeterminado, o sonho da vida.
Tudo o que quero é que o resultado no fim dos anos seja o melhor. E os sonhos, aos poucos, realizados.

Obs.: Juro que eu cumpro (80%) dos “prometidos” no ano novo! De certo que alguns ainda estão em andamento. Outros já foram. Me Faltam poucos agora, antes que eu deseje o infinito...


Mikaella Sousa*



sábado, 9 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Desejo respostas.

Eu apenas desejo:

Sua cara de interrogação apontando para minha incógnita perfeita.
Seus gestos intempestivos, que cada vez mais me atormentam.
E, mesmo me deixando com cara de tola, medrosa e outras coisas mais,
fazem minha fisionomia alterar, causando assim, novas expectativas.


Eu só quero saber:

O porquê de tanta implicância se nem entende direito a causa dela.
O porquê de tanta sátira se não há comediantes para esse espetáculo.
Nós somos os protagonistas dessa história inclassificável
que mostra de forma incoerente os nossos jeitos de assirtir o mundo.


Então me diz, por que tanta irritabilidade?

Se afirmaste com todas as imundas palavras o desamor acontecido!
Se concordaste fielmente sobre quão mínimo foi o ocorrido!
Mas as palavras proferidas então podem ser manipuladas
pela minha interpretação que me leva enfim às melhores saídas!


Por causa de sua questão, resta-me desespero.

Pois nunca poderei definir as paisagens de seu mundo.
E nunca conciliarei teu jeito com o meu.
E sobre o desamor, como então será repreendido?
Se nem o amor desejado fora um dia consumado ou ao menos definido!


Sobra-me então a sua face interrogativa.
Pelo menos suas lacunas vazias vagarão um dia por respostas.


Diana Silveira, 2008


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Refrão de Bolero

"Contigo aprendi, que a tua presença eu não troco por nenhuma. Aprendi que pode um beijo ser mais doce e mais profundo, que posso ir-me amanhã mesmo deste mundo. As coisas boas contigo as vivi. E contigo aprendi, que eu nasci no dia em que te conheci..."

Bolero -
Contigo Aprendí, de Armando Manzanero

...Time


Às vezes me pego pensado no tempo... Não no tempo como horas, ou minutos, mas no tempo que divide as coisas. Que separa o que foi do que ainda será (ou não).
O tempo que separa os braços que se pertencem.
Que separa o que a gente é do que a gente gostaria de ser.
Os dias e semanas que me separam de você... Do seu calor. Os dias que passam se arrastando, as horas que parecem anos.
Relógios acusam quando é hora de comer, de dormir, de inércia. Hora pra tudo!

Ora
! O tempo é meu, o mundo é meu... Mas por que as horas passam bem como elas querem?! E se o mundo é meu, por que não é tudo do meu jeito?!

Deixa pra lá...

Ah! As horas que me mostram que é hora de dormir, sozinha.
Sem o seu cafuné, sem seu abraço, sem seu censo de humor peculiar(que me faz rir o tempo inteiro!), sem assistir Pucca( quem não conhece a história não vai entender...).

E amanhã o despertador me dirá que é hora de acordar. Novamente sem seu abraços, nem os seus beijos no café da manhã. Faz falta... MUITA!
Mas ainda bem que tenho você pra querer bem, pra poder sentir saudade! E saber que uma semana pode ser mais tempo do que eu imaginava...

Obs.:Confesso que a TV também conta na hora da saudade! =P
"
Pucca ama Garuh. Ele é bonitinhoo..."
. Rs
Adoro-te, Pingüin (!)


Mikaella Sousa*

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Saudade


Meu bem, tem coisas das quais eu ainda não sei falar. Um dia talvez eu até aprendo. Mas tem uma coisa que não sei bem explicar mas entendo bem, ela se chama saudade e aparece toda vez que você se vai. Seja para ir apenas na cozinha, ou por uma semana inteira.


O fato é que, voltar pra casa nunca foi tão doloroso...

E o meu coração quase nunca ficava assim, apertado de tanta ausência. Isso mesmo!


Já havia me "acostumado" à minha vida meio cigana. Um ano aqui, outro acolá... Mas agora a saudade cismou em fazer do meu peito uma casinha pequena. Não falo só de você amor (pra você não ficar egocêntrico!rs), digo de minha família de sangue, de minha família de coração. Falo de quem mora perto e longe ao mesmo tempo. Gente que mora a uma hora daqui(não sei medir a distância em Km), que mais perecem anos-luz!


Contudo, tem uma coisa que eprendi com a vida e por conta disso a saudade não me sufoca. E não me faz tão mal assim.

"Só se sabe o que é saudade quando se tem amor(dessas vez foi pra você! Pingüin)!"


Obs: Nº 1: a saudade é um filme sem cor, que o meu coração quer ver colorido!
Nº 2: Foto de Dam e Fabinho, que eu peguei sem permissão(como se eu precisasse né?!). De qualquer forma, tá linda!


Mikaella Sousa*


terça-feira, 22 de julho de 2008

Declaração de amor

Quero te contar algo.
Talvez não seja surpresa.

Não percebeu ?
Que:
O meu olhar;
O meu respirar;
Todo o meu corpo;
Todos os meus gestos;
Todos meus pensamentos.
Todo o meu ser irradia felicidade.
O meu coração transborda em sentimentos sublimes.
Que conjugam num único sentido,
No amor que sinto por você.

Paulo de Tarso

ps: "descrever a divindade do amor é uma dádiva restrita a poucos, por isso admirou-me muito as palavras deste meu amigo, o qual merece toda a minha consideração e aplausos. Parabéns pelo escrito." Diana Silveira

Inconsumáveis idéias


Minha doce tentação, tive a audácia de zanzar nas suas idéias. Más ou boas, as suas muito me interessam, uma vez que flagrei-me um dia aturdida com elas. Sabe, a sua arapuca foi muito bem arquitetada, e cômica foi a minha tragédia. Ora, se vivo entre dramas, posso sim dirigir os nosso papéis, inclusive "o que você quer falar, por horas e horas e horas, eu sei". Mas fantasias não me suprem mais; a tua dança me cativa muito mais. Mesmo que estranha, ela é real e confunde a minha alma que bêbada de adrenalina se entorpece nos embalos de nossas pernas, escondidas nos jeans e malhadas das avenidas, praças e bancos. Nada além. Porém, tudo isso.

É inadmissível o fato de eu não amar-te e paradoxalmente sujeitar-me à sua prodigalidade sentimental, que subverte disfarçadamente os princípios fatídicos e dimensiona a minha arte para a tua escola decadente, responsável somente pela abjeção da minhas suadas obras. Coloquei em vulgo parte de minha essência, a qual foi submetida à exposição em galerias profanas dirigidas pelo seu ego, e com isso, não tive o retorno esperado, mas sim o merecido _ é a lei da oferta e procura .

Mas mesmo assim, proclamo epinícios! Uma vez que percorrendo os corredores da sua escolinha descobri a sala da direção, penetrei cautelosamente nela e acessei todas as suas senhas. E foi assim que cheguei até suas idéias e percebi de forma assustadora que elas não passavam de elementos irrelevantes a você mesmo. Chorei, pois não tinha mais o que fazer. Doeu, pois mergulhei de cabeça em um incrível nada o qual sua mente representava a mim naquele exato momento. E por que então me causaste tanta confusão? Por que, se descobri agora o quão írrito foi seu planejamento?

É como dizem, se um dia me encontrei entre cobras, as minhocas se tornam os maiores riscos. Você, não sei, mas inseguro foi o planejamento o qual eu acreditei mesmo sendo inexistente. Não tenho o poder de penetrar em sua vida mais. Nunca tive mesmo! Porém, já dizia minha mãe: "ousadia e verme, toda criança tem".

De criança me tornei uma cobra, e de vidro fui esculpida...

Diana Silveira

Do que é feito o amor


"Do que é feito o amor?! O amor é feito de chicletes e de chocolate... talvez o amor seja feito de luz e cor, silencios e sons. De uma cumplicidade louca o suficiente, para ver nos defeitos do outro uma razão para se estar. E ver nos risos e olhos uma razão para viver. Para se sonhar em palavras doces e até por vezes que ferem, mas que logo acalentam por que também e perdão. Amar, é crescer e viver sempre com alguma coisa. Pequenas-grandes coisas (!). Nao importa o por que, apenas o ser. Se aprende a ter, quando somente se sabe que estar não é suficiente. É tentar achar explicações para este termo- pequeno e poderoso-, porém sem poder lhe esgotar os sentidos e significados. Entao pergunta-se novamente. O que é o amor? E todo dia hão de te dar uma resposta diferente. Igual em essência. Palavras diversas porém sempre com a mesma resposa. Não tem como dizer. Apenas se sentir. Então sinta-se a vontade... a viagem acabou de começar!!"

Obs: Lindo né?! E foi feito pra mim...
"estranho seria se eu não me apaixonasse por você"

*Meu Pinguin (!)*

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Não gosto de títulos.


E você não resistiu. Juntos, dominaríamos a situação. Mas, dessa forma que estamos nos mantemos parados, quebrados, sem nenhuma utilidade. Mas você não resistiu. Manteve-se preso às correntes arcaicas e valores burgueses, os quais eu não entendo muito bem, mas sei que existem em você. E, brutalmente, você me deixou sem expectativas, me abandonou nesse mundo estarrecedor criado pela sua consciência acusadora.

Amor feito de escárnio, matéria prima que eu tanto cultivei, por que então estou aqui? É sua obrigação traduzir as minhas atitudes, desatar os meus nós. De tanto flertar em minha cabeça, você conseguiu o certo domínio. Mesmo sabendo dos erros, mesmo baseada em experiências, inútil foi o que passou. Inconseqüente foi o meu favor, por isso saí sem autorização do seu fantasioso Estado ditatorial. Adianta colocar-me de castigo? Vindo de você, creio que sim.

Agora, a grande estúpida sou eu.


**Diana Silveira**

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pinguin?!

...
Assim como os pinguins, quero estar junto pra sempre!

Eu acredito nas coisas, na força que certas coisas tem. Acredito no AMOR nas suas mais diversificadas fomas. Acredito no "pra sempre", no "nunca". Acredito muito, em muita coisa.
Acredito nos seus olhos. No seu sorriso. No seu silêncio. Por que tudo em você me parece feito de verdade!

E se às vezes eu não consigo explicar-nem escrever- é por que tudo em você transcende as minhas palavras... e se eu escrevesse por dias, e dias, e dias. Ainda assim, você não caberia nos meus versos. Mas tudo bem, eu nem me importo com a poesia.

Você cabe no meu abraço!

Obs.: Ultimamente está difícil até de escrever... saudadeS*

Mikaella Sousa

sábado, 12 de julho de 2008

Vai cair, de novo?


Ela caiu...
com toda a sua limpeza
fez arder;
e com muita sutileza
fez sofrer;
e salgada e apertada
fez chorar...

Rumo aos traços
visto de marcas por toda essa história,
aquela a qual fez surgir na minha memória
e daí parou.
e daí morgou

e daí morreu


E quando ela voltou

com toda esperança esperou

e novas linhas preparou,
e nunca tinha visto igual forma
e acreditou mais uma vez
em uma talvez estória

E de novo ela caiu
com muito desprezo gritou

e a ferida aberta, de tão limpa
ardeu,
mas com um pouco de sutileza

sofreu,

e meia amarga jiló
fez chorar


Rumo às linhas

firme de marcas de toda essa história
agora a qual se veste de experiência bastante,

e daí bebeu
e daí levantou

e daí sobreviveu

E quando ela voltou
com
cautela observou
agora mais preparada retomou
não tão crédula tentou alguma vitória


De qualquer jeito ela caiu

no meio de curvas cinturescas tropeçou
e nas terras do mundo
se sujou
e virada dos efeitos ardeu
e meia insensível fingiu sofrer
e sem gosto de nada
deitou,
e nem precisou beber: morgou
e agora mesmo,
virou
e toda a sua vida confiscou
e sem quebrar a torta,
derrubou
e sem membros no chão, se arrastou
e de tanto fazer,
chorou

E de tanto tédio, Morreu

Diana Silveira.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

MATE MÁtica


Do que é feito toda essas incógnitas?
de onde tão raro os sábios as decifram?

Te sinto nos dias de meus desesperos
Profundo interesse sinto em seus segredos!


Nas minhas idéias pressinto suas normas,
sou leiga, eu sei! Por isso te abuso!
Não me ignore! Você sabe dos meus achismos...

choques dos tempos de toda a História!


Tão traiçoeira, menina levada!
Criança de tapas, velha cabeça-dura!
Imutável certeza, não existe porém...
Então admito, sou ínfima alheia.

É por isso, te amo vermelha!
dos seus ventres nasceram o Trigo do Geo,
capazes de transportar a velha esperança

na sorte ou no jogo, Combinação provável!

É tão Simples! Me Arranjo em qualquer lugar!

mas se você não está, quem sabe outra chance....
eu tenho vontade de te conhecer,
tão Complexo impossível você se adapta!


No encontro Radial suas retas se perfazem

e diante da mira cuidado comigo!!!!!!
Nefasta loucura, Razão de muitas vidas!
e então, por favor, não me Mate com sua didÁtica!


Diana Silveira ** em algum dia de 2007 (época de obsessão aos estudos)

domingo, 6 de julho de 2008

No words


Se eu dissesse que te amo, estaria mentindo. Mas se dissesse que não me faz falta, seria um absurdo! Não senti saudade... foi saudosismo(é diferente sim!). Vontade de olhar o mar, ou até mesmo estar de costas pra ele, apenas ouvindo o som das ondas beijando a praia. Ouvir a tua voz me falando de coisas que ainda não conheço. Que me fazem querer tantas outras coisas...

É que quero ver. Quero viver. Viver mais!

E antes mesmo de ver você eu já sabia que você viria. Que uma hora você chegaria (o dito “príncipe encantado”. Rs). De fato, você veio, e parece que ficará um bom tempo.
Se eu dissesse que já sabia como iria ser, seria inverdade. E eu tentar prever serviu pra eu me enganar. Tudo acontece da forma como ninguém nunca imaginou. É tudo tão melhor. É tudo tão mais lindo!

Em você, tudo parece tão mais belo. Todo ato parece ensaiado. Tudo parece feito pra mim. Toda ensaio parece espetáculo. Toda nota parece arte.
Às vezes, até você parece feito pra mim... os olhos, o sorriso, a altura. TUDO!
Escrevi tanto, falei tanto e não te disse o que eu pensei. Não te disse quase nada do que penso... nem os sorvetes e os cafunés, fizeram meus pensamentos fluírem mais naturalmente(eu bem sei! Rs)! Até no papel está ficando difícil. Está tudo tão maior, não tá cabendo nas palavras (miúdas como eu).

Eu só quero que você saiba que, um dia, meu coração poderá ser seu. Um lar inteirinho pra você!.

Obs.: “Então quero mudar de lugar, Eu quero estar no lugar. Da sala pra te receber”.
Por favor, sem egocentrismo! Rs.


Mikaella Sousa*

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Vocabulário de insanos"

E mais uma vez aqui me encontro na demência das palavras; tijolos da minha cabana de refúgio, lugar predileto da minha acanhada alma. E por isso, não sei direito o que fazer, não sei direito se devo te enfrentar, nem sei ao certo se você é o dono de minha agonia! Acho que eu nunca quis saber realmente se me embebedei de sentimentos eternos ou me saciei de nefastos momentos. Na verdade, não faz diferença a intensidade do ocorrido, o que realmente importa é o vazio que está hoje dentro de mim. Me embriaguei de teu desvario, da tua face louca, de teus atos inconseqüentes, atos que me fizeram um bem danado, mas essa merda foi efêmera.

Acabou, de certo? Para que então me seduziu? Por que causaste dependência em minha consciência se nem você sabia ao certo se iria usurfruir desse objeto

moldado pela sua astúcia? A minha canalhice foi burlada pelos seus pseudo-conhecimentos freudianos, o que prova a ineficácia de minha malícia, mas mesmo assim você continua insistindo nesse jogo sórdido, o qual nossas palavras são tênues armas que me causam muita dor. Não vedes? Será preciso que eu te jogue no abismo de meus pensamentos _ Querido, isso é o que eu mais quero.

Palavras são apenas expressões tísicas do que se sente, ou que se quer sentir. A língua, a minha em especial, é técnica em artes marciais, são tantas as posições que às vezes até se embola. Meu coração também se embola, e mal sabe distinguir quando se ama, ou quando se engana. Quando se deprecia, ou quando apenas chora. Mas o que ele sabe, e é incontestável sua convicção, é do tamanho medo da ignorância a qual você o expôs.

Então, vai me dizer a razão de ter me deixado em estado ignoto ou vai continuar a encher meu dicionário de palavras vazias? Até quando iremos permanecer nessa estaticidade emocional? Não compreendeste minha euforia e eu o entendo. Mas eu insisto que você, pelo menos hoje, merece desatar meus enigmas. Posso ser censurada pelos ideais sociais produzidos pelos outros e engolidos por mim mesma, mas posso tentar fazer valer a pena. Paremo-nos agora com essa síndrome ilusória e vamos por tudo em pratos limpos e sobreviver no final _ Feliz? Talvez.

Então, querido, quando começamos?

Diana Silveira

quinta-feira, 3 de julho de 2008

...e a noite esquentar o pé.











A noite me deixa extremamente produtiva, creio eu que a melhores coisas(nem são tantas assim...) que eu escrevi , quando as escrevi era madrugada.
Mas a noite, ou melhor, a madrugada especificamente, me faz pensar na vida. Me faz ver meus
sonhos mais latentes. Me faz pensar em você e no que poderia ter sido. No que a gente poderia ter se trasformado. No que ainda será. Será?
Enfim, não era sobre isto que pretendia falar.
Vim pra dizer que senti sua ausência muito mais forte hoje, e que hoje, senti vontade de seus beijos(mesmo não sabendo o sabor dos mesmos). E que hoje desejei de toda minha alma você pertinho de mim. Desejei o meu pé aquecendo o seu. Dormir abraçados esta noite.
Excepcionalmente hoje, eu quis você.
De qualquer jeito. Do seu jeito.
Não quis as palavras, mesmo as não-ditas. Não quis saber o que pensava, nem o que seria o depois.
Só queria você, e teu corpo aconchegado no meu peito. Queria tocar você.
Tocar não somente nos poros, no que está por fora, no que é palpável. Tocar na sua alma sentir sua pulsação. Sentir o que é latente em ti.
Meu caro,
excepcionalmente hoje, que quis ter você pra mim. Você não veio me ver
e o seu pé(que aqueceria o meu) foi bustituido por um par de meias coloridas.
Cofesso que preferia seu calor, mas todavia, dormirei bem esta noite.

Obs: As noites de inverno mexem mesmo comigo...

Mikaella Sousa*

?!?

" Por vezes sua presença entorpece. Momentos onde vozes são mais que vontades, e olhares mais que silencios. E tornam-se palavras de indizíveis segredos. Onde bocas são mãos entrelaçadas em beijos
Me torna poema em seu mundo, me sorva, declama palavras entre os meios. Se vê, me olha, nao fala. E se puder não entenda porque não quero metade. Me sejas apenas INTEIRA"

Obs: "Me too"
Mikaella Sousa*

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Gatos, Sempre traiçoeiros!


Oi gatinho! Frase bem comum, como um pensamento ou divagação na madrugada, perfeita e eterna morada para quem pretende se esconder das insanidades desemboladas pela língua. Ah! Nefasta morada de quem opta pela solidão.
Tolice crer que se pode escolher quando estará sozinho, e quando você não precisa - não mesmo!- sempre há alguém por perto-Droga!-, abraçando e abafando minha inconseqüência.

Inconseqüência é a alma daqueles que, como eu, lutam para ser somente racionais.

Uma pena que a alma seja ingênua o suficiente para se apegar ao beijo de um traiçoeiro gatinho. Mas pensando bem, a vida vai além da noite. E amanhã você se alimentará da futilidade da sua estereotipada rotina, que não te abraça e nem te beija como eu, mas que te alimenta e te eleva como se fosse deusa. Fútil como Afrodite e nunca fértil como a “Íris” dos teus olhos graúdos e carentes. E o beijo de Afrodite nunca habitará na tua boca, subproduto dessa sina que você carrega.
Daí então você sentirá o vento gélido d inverno; teus olhos serão cobertos pela cortinha de neblina. E assim cego você desejará a minha luz que arde em chamas, nesta noite, e em outras... e em outras... em outras...
Mas lembre-se gatinho que desejo fazer parte dos seus dias, mas por favor querido, por tudo que há de mais sagrado, não me transforme em tão inerte rotina

Obs.: Compreendeu agora?! Gatinho?! rs

Mikaella Sousa & Diana Pereira

Grandes casos


Grande pessoa ,
Em cima de morros modelados de erosões.
Grande caráter,
Dentro da ilustre cisma emoção
Cara de infiltração,
Por que não põe em prática a artimanha de um beijo?

Cadê minha alma? Tá muito longe de ser entendida
Mas o júri não é confesso,
as idéias são ilógicas e profundamente incoerentes
O sumo já tem muita aguardente
A indecência está cada vez menos intermitente.

Como o desejo nasce de um eixo tão distante?
Sonhos não perfazem nem mesmo em um instante
Sono de ternura, doce ilusão...
Sintomas de coragem se acalmam com repouso
Vontade em momentos, curas em desgosto

Amizade intolerante,
Onde pensa em via mar que vi amar?
Tome suas estatísticas em base de sua fobia
Cala-te e abafe, se é só isso que sabes fazer
Foi aqui que eu te vi crescer,
Foi aqui onde enviei você?



Diana Silveira

Sobra Tanta Falta...


Tenho cordado cedo... Acompanhando os primeiros raios de sol da manhã, e vendo se desfazer aos poucos a neblina fria da madrugada anterior.

Vejo os teus olhos famintos de luz... Mas o que eu mais desejo mesmo é me ver neles (teus lindos olhos). Viver somente deles. Ser a menina do teu olho!
A primeira e a ultima do teu dia.
E eu até te proporia algo bom, você me deixa estar aqui, e eu te faço companhia. Mas ainda assim, creio eu que seria pouco. Eu desejo muito mais. Te quero muito mais.
Desejo vê-lo de dentro, saber dos teus medos, dos teus males, das tuas músicas. Saber em que compasso bate o teu coração leviano... Saber do teu EU que você esconde de todo mundo, de você mesmo.

Eu queria saber o que foi bom, e o que te faz chegar mais tarde, o que te faz feliz.
Quanto aos males -se me fosse permitido- apagaria um por vez. Traria-te de volta os seus sonhos antigos, e seu disco do Cazuza que foi quebrado num acesso de fúria. E o gosto bom de ter carinho.

Eu te faria pleno e você me completaria. Como aquele sol de verão invadindo a casa fria pelas janelas abertas.

Você não precisaria ser meu, e nem eu ser sua. Seria apenas estar ali, sentados, juntos.
Daí então, você me daria um espaço no sofá da tua sala e abriria os braços me convidando pra chegar mais perto. Aconchegaria-me em teu abraço, dizendo no silêncio dos teus olhos:
- Estive guardando este lugar para você.


Obs.: Eu juro que eu quero mesmo! =P

Mikaella Sousa*

terça-feira, 1 de julho de 2008

Jardineiro e Rosa


Me perco em tentar descrever as memórias vividas por essa semana...

O que deveria ser feito, foi feito. Ora pois, havíamos planejado por tanto tempo. Ser aquele plano, aquela idéia. Foi assim que me ensinaram a vida, mesmo que Deus ou outras divindades discordem... Eu calculo tudo. E invento moda. Não! Não posso ser levada por esse rodo de mentiras, não posso ser levada por esse bando de indigentes que gritam a mesma coisa, que se deixam e se transformam num bando de brandos medíocres.

Droga... Certas conveniências me levaram a você -Jardineiro - aos seus cuidados, seus abraços e tentativas (inviáveis) de iludir minha feminilidade. Burra? Todas nós mulheres somos, eu apenas ludibrio minha burrice, às vezes. Vale ressaltar o "às vezes", porque meu olho esquerdo, apesar de estar do mesmo lado, sempre está acima do meu coração.

Jardineiro, eu passei um batom vermelho da cor de uma rosa vermelha. Fiquei tão bonitinha, sabia?? Nunca mais havia me arrumado tanto. Até as pragas do jardim se tornaram minhas amigas, tamanha foi nossa amizade que elas me levaram para jantar _ elas, tinhosas comiam tanto, tanto tanto que me convenceram a sair da dieta dos teus únicos beijos. Não que eu não gostasse deles, eles são especiais, intensos (me fizeram tremer) e possuem o melhor sabor. Mas, para conhecer o melhor sabor é necessário compará-lo com outros, e por fim, despedir-se deles, pois infelizmente os piores sempre estão por perto, durante toda nossa vida, é natural e educado agradecê-los pela companhia. Não entendeste ainda?? I'm sorry... rsrs (piadinha sem graça).

Por tanto me entupir de comida, acredito que fui seduzida pelo pecado da gula (hã? E rosas comem?), e por isso devo me ajoelhar e rezar diante da SANTA CRUZ. Me emocionar e pedir perdão a Deus pelos meus pecados. Por tentar ser humana quando deveria ser uma rosa. Olhá lá!!! Minhas orações sobem junto com a fumaça do turíbulo de incenso! Fumaça a qual apesar de eu ter alguns problemas respiratórios (dignos de uma humana), não me fez mal porque eu ainda sou uma rosa e rosas transformam gás carbônico em glicose. *Jardineiro*? Você por acaso virou coroinha?? Por que eu juro que te vi no altar segurando o turíbulo (tinha cheiro de cereja). Era você mesmo? Tenho tantas dúvidas. É que rosas enxergam mal. Na verdade elas não enxergam, não falam, não são nada sem um jardineiro. Nossa! Que missa demorada, já está tarde e eu tenho que ir senão não conseguirei a firmeza necessária para fazer fotossíntese!
De volta ao meu Encatado Jardim, encantado só de nome! O jardineiro está cada vez mais relaxado, nem veio mais podar as plantinhas, e o encantamento itinerante é! "Ele vai embora, ele vai embora pra Madagascar". E eu fiquei tão amarga, tão desgostosa que nem as pragas me mordiam mais. Mas eu estava lá. Quieta. Inerte. Pronta para ser adubada, regada, cuidada. Cadê!!! Cadê!!!!

“Pá”! (tapona da mamãe)
-Aiii mãe!! Doeu...
mamãe disse: Que bobagem menina besta! Rosas não falam, não gritam, não choram...

Valeu mãe! Realmente é tolice, essa vida de rosa não me excita. Vou voltar a ser humana: voltarei a andar, a falar, a pensar. A ser Silveira e nunca uma Palmeira(planta ou time, detesto os dois). Afinal, planta vegeta, e de vegetal eu não tenho nada. Então, Jardineiro, desculpa se te fiz trabalhar na terra seca, se te enganei ao tentar te convencer da minha vocação pra ser rosa, mas nem eu mesma fui convencida disso. Plin! Tive uma idéia! Sendo humana, eu posso ser médica, e assim, “de todo o meu coração”, poderei curar suas feridas, limpar tuas chagas, conhecer o funcionamento dos impulsos, estudar a velocidade destes e tentar controlar OS MEUS da próxima vez.

E mesmo assim, serei SEMPRE humana. Suscetível a erros, mas satisfeita quando alcanço meus objetivos, e principalmente quando há acertos.


I'm Sorry, e desta fez não foi piadinha.

Diana Silveira*