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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Dedicatória a um desengano

Em minha garganta há um intricado de rancor profundo.

Que entalada se acomoda na situação encontrada.

O desfecho é comum e esperado a todo tempo

e mesmo assim sobe em mim uma ânsia de desespero.


E me revolta o seu hálito afastado de minha língua.

E no encontro de outros beijos a minha saliva não se sacia.

Não mais seus braços me confortam de abraços.

E minhas mãos agora frias tremem de ressaca nesse outro dia.


Mas me desgasta ver seus lábios balbuciando outra mentira.

Mesmo óbvio, o desengano surpreende-me pois veio de ti.

Logo de ti, insensato, você alimentou mais ainda meu ceticismo.

E minha sina acabou de ser traçada pelo seu rascunho infeliz..


Mas o ciclo desenhado por ti ironicamente me mantém por perto.

e nesses incríveis passos vejo o quanto seu disco está arranhado.

Um dia, meu caro, pisarão nas suas criações.

E de escárnio será feito os seus cobertores de solidão.


Quem és tu? Criatura grotesca!

Para quê fingir tamanha esperteza?

Já que num dia, sentirás incansavelmente o que tanto doeu em mim!

E assim, sem nenhuma compaixão, quebrarei as pernas de sua euforia!


Por enquanto, vou sentar e tomar mais uma dose de meu desafeto.

O futuro é mais certo para aqueles que como eu conhecem bem seus ciclos de caminho.


Diana Silveira, Agosto de 2008

2 comentários:

Marcão de Açai disse...

Amo
com a doçura de meus dezessete anos
com a fúria de meus dezesste anos
Amo!

Anônimo disse...

PARABENS!!!
Adorei muuuito.
UhhhU!
Show!
Vou fazer propaganda p td mundo!!!

Bejao Di.
Ps.: Depois leio o outros textos.
^^