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terça-feira, 23 de setembro de 2008


Depois de horas a fio escrevendo e apagando - escrevendo e apagando umas mil vezes. Deixei pra lá, as minhas idéias (neste exato momento) estão meio desorganizadas. Poizé...
O fato é que: eu preciso escrever! Sobre qualquer coisa... Uma coisa qualquer.
Sobre um casal no cinema, um beijo na chuva, uma menina e sua boneca. Sei não. Só sei que tenho que escrever. Sem tema, sem definição, sem prestar muita atenção... Eu só preciso escrever. Sem seguir nenhuma linha, sem linguagem própria, sem aquele Português que nos deixou de recuperação na colegial, escrever como conversamos, olho no olho... Aquele tipo de coisa que pode ser trocada por um abraço ou um sorriso... Ou os dois.
Preciso porque as palavras fluindo de um jeito maluco. De repente, ligou-se um fio ao cérebro e ele só pensa em falar, falar e falar. E eu, sem ter com quem conversar... Escrevo, escrevo e escrevo. Exatamente o que ele ordena. Graças a Deus meu cérebro ainda é o chefe. E que chefe...
Talvez eu precise escrever sobre meus medos e sobre as coisas que me fazem feliz. Escrever sobre os meus sonhos e sobre os meus fantasmas. Sobre fantasias, sobre flores, margaridas, bombas e canhões. Sobre a guerra lá longe, desencontros do caminho... Quem sabe até escrever uma história sobre amores e desamores? Uma menina e sua boneca, novamente (ela não me sai da cabeça)... Ou até sobre as coisas que faço quando sei que ninguém me vê. Não sei. Me estendi muito, escrevi várias linhas e ainda não sei sobre o que eu queria mesmo escrever. Tanto faz. Eu precisava mesmo era escrever... Só isso.

E se eu não posso ver... Fico imaginando.”

Mikaella Sousa*

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Corpo.

Palpita coração saudável:
palpita com a mesma harmonia,
com os mesmo ritmo,
com a mesma freqüência,
com a mesma subsistência.

Respira, pulmões robustos:
Capta todo o ar puro necessário,
filtra o que dele é útil,
com a mesma eficácia,
com a mesma sintonia.

Meu corpo se dispõe em perfeita simetria.
Os órgãos, tecidos, células, moléculas
todos organizam-se conforme os serviços.

Meu cérebro ordena, empregados obedecem.
Voluntários músculos,os ossos articulam.
e sem pelejar, as pernas se movem.

Mas então, qual é o propósito de ser tão perfeito?
Se minha composição molecular tende entrar em processos entrópicos,
Se minha eletrizada massa corpórea tende sempre
ser atraída pelo descaso diário,
Se o exterior deteriora tudo aquilo que em saúde conservo?

Então o estúpido externo me traz a paixão.
Ela toma posse do meu corpo com a maior ousadia! .
E como uma ineficiente chefa, ela desconfigura todo o sistema,
de repente navega em meu sangue excessiva adrenalina
Me vem a desordem, me vem a loucura, não tenho controle!
Arritmias cardíacas, faltas de ar, impulsos a solta!
Miocárdio acelerado, alvéolos pulmonares insuficientes!
Emocional instável, alerta vermelho!!
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.
.
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Morri.

Diana Silveira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Fim da lógica.

Adeus, lógica.
Viver em regras não agrada minha liberdade.
Tuas manias ofenderam minha tísica humanidade,
de menina me tornei uma inócua mecânica.

Prendeste minh'alma e mataste as sinestesias
Transcenderei o que sinto, me alimentarei de fantasias.
Não haverão lanças cravadas no meu interior.
Aberto meu seio, carne a mostra, há amor.

É chegado o final do receio da dor
se a sinto, sei de fato que é real
em meus dedos escoarão versos de verdade animal
poderei dizer que sinto sua falta, sem nenhum pudor.

Além da posição de palavras, ainda estou presa a você, maldita!
Retire-se de meus versos, vai embora, monstro canalha!

Vêm a mim, versos tristes de saudade!
Vêm pra mim, versos insanos, apaga vaidade!
Tato firme, minha fera forte, pega ela! Devora!
Fora! Fora! Fora!

E ela já foi...
Não rimo mais,
Não enquadro expressões,
não evito repetir
As palavras então expõem minhas escolhas;
Sem pudor direi mais de uma vez
que eu sinto a sua falta,
e que meus dedos movem versos tristes de saudade.

Vem saudade, vem amor, vem sensação, vem tensão,
Ficaria melhor se tirar o "n", tirar a capa, tira a roupa.
Então pode vir meu bem, o monstro regular já se foi...


Diana Silveira, 08 de setembro de 2009

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Por mim...

"Sou cheia de manias. Tenho certas carências insolúveis. Talvez seja mimada. Sou teimosa. Muito simpática, alegre . Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como cebola, elas deixam um 'futum' na gente. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto.
Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos de verdade, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chatinha, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chatinha, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Às vezes...
Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Chevett."


Obs.: " Sem mais perguntas, meretíssimo!". Rs


 ( Fernanda Young)

Mikaella Sousa*