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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Desejo respostas.

Eu apenas desejo:

Sua cara de interrogação apontando para minha incógnita perfeita.
Seus gestos intempestivos, que cada vez mais me atormentam.
E, mesmo me deixando com cara de tola, medrosa e outras coisas mais,
fazem minha fisionomia alterar, causando assim, novas expectativas.


Eu só quero saber:

O porquê de tanta implicância se nem entende direito a causa dela.
O porquê de tanta sátira se não há comediantes para esse espetáculo.
Nós somos os protagonistas dessa história inclassificável
que mostra de forma incoerente os nossos jeitos de assirtir o mundo.


Então me diz, por que tanta irritabilidade?

Se afirmaste com todas as imundas palavras o desamor acontecido!
Se concordaste fielmente sobre quão mínimo foi o ocorrido!
Mas as palavras proferidas então podem ser manipuladas
pela minha interpretação que me leva enfim às melhores saídas!


Por causa de sua questão, resta-me desespero.

Pois nunca poderei definir as paisagens de seu mundo.
E nunca conciliarei teu jeito com o meu.
E sobre o desamor, como então será repreendido?
Se nem o amor desejado fora um dia consumado ou ao menos definido!


Sobra-me então a sua face interrogativa.
Pelo menos suas lacunas vazias vagarão um dia por respostas.


Diana Silveira, 2008


4 comentários:

Anônimo disse...

Há um complexo no ar. "Não tente me decifrar, sou um icógnita para mim mesmo" C.C

Anônimo disse...

Sua boca saliva porque você tem fome minha querida, uma gula voraz que te faz cativa... o que queres? Destruir o tédio ou restaurar o sol?
Ah, os românticos! Eu sei, o amor transborda.

ps.: ... e não diga o contrário.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Definições, quem sou para fazê-las?

Antes, tens que saber o porquê de tanta necessidade de respostas. Ambos querem respostas, e sabes disso, mas ambos só têm exigências e exalam vaidade. Quanta vaidade!
Nesta quebra de braços, só quem dá o braço a torcer (muito clichê, mas real) sabe no fundo quem ganhou.
A afirmação agressiva é minimalista. Fruto de um rancor quase infantil. Os gritos de uma criança que não recebeu a atenção "merecida".
O desespero é em parte lógico, pois as coisas não são como queres, mas um pouco irracional, porque poderia ser substituído por ações racionais. Isso ainda mostra-se esperançoso, afinal, o final é insosso e enquanto houver calor nas palavras ainda há sentimento.

Bjos, Ciro

p.s.: Complexo é o ar, difícil de respirar quando acha-se que só pode fazê-lo apenas após definições.
Sacaste? rs