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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Foi-se azul



Apaguei o azul. Dizem pra mim que está tudo preto e branco, e tudo está em ordem. Pode ser ilusão, pode ser pecado, ou pode até ser neurose... 
Pode ser que crescer é esquecer do passado azul,  e esquecer do dia hilário em que fui chamada de amor.

Di

domingo, 28 de agosto de 2011

Go away


"Tem muita coisa que eu finjo não ser, só para passar despercebida. Em nome do meu silêncio, prefiro ver você partir em paz."

Di

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Vários tons.





As vezes quando estou sozinha, eu imagino:
"será que estou sob um feitiço
Que me impede de ver a realidade?"
O amor machuca mas é uma dor boa: me faz sentir viva.
O amor canta quando transcende as coisas ruins.
Tenha um coração e me teste, pois sem amor eu não sobreviverei.

E eu não quero que você me adore,
também não quero que você me ignore.
Você conseguiu lavar o meu coração borrado,
e me provocou o velho medo de não ser feliz

Este medo já me guiou antes para essa atração maciça.
Mas ultimamente eu tenho começado a achar que eu deveria ser quem está por trás do volante.
Decididamente, eu não vou me embebedar com lágrimas.

É um novo amanhecer, é um novo dia e é uma nova vida para mim.
Eu estou me sentindo bem .
Com um olhar em seu rosto: doce revelação, doce rendição
Pois sem amor eu não sobreviverei.


ps: Um remix de APC, Audioslave, Faith no More, Incubus, Muse e minhas cantarolices.


Di


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O dia em que eu fui mais feliz :)



Dia de faxina,
para as pessoas normais, apenas uma coisa chata que todo mundo tem que fazer. Pra mim, dia de encontrar coisas perdidas e também um dia de sacrifício: simplesmente porque eu não sei jogar as coisas fora. Eu sempre penso que aquilo terá uma utilidade, já que tudo que foi feito neste mundo serve para alguma coisa (ou não).  

Especialmente hoje, eu encontrei os livros que tinha quando eu era criança. E foi uma sensação tão boa quanto achar dinheiro perdido dentro do bolso, ou abrir a geladeira no meio da noite e ter algo gostoso lá dentro. E eu me lembrei exatamente o dia em que ganhei ou comprei (muitas vezes com meu próprio dinheirinho) cada um deles. O que eu pensei, o que eu senti e o porquê de serem tão especiais para mim, hoje eu me vi criança e senti tudo de novo. 

Pode parecer uma alegria infantil, mas eu me emocionei por que me lembrei de que boa parte das coisas legais que eu sei eu aprendi com eles (a outra parte eu aprendi com os amiguinhos na rua!) e cada livro veio pra mim num momento certo, quando eu realmente precisava deles, como quando eu não comia salada e meu pai me deu de presente “A Menina Que Não Gostava de Nada”. Alguns deles têm 15 anos e estão todos em bom estado, na medida do possível, até por que eu amava “re-colorir” os livros pra que parecesse que eu mesma havia escrito. 

Com eles aprendi a respeitar as pessoas e a ser feliz com o que eu possuía que não era pouco (mas toda criança deseja o mundo), aprendi a ler as imagens, a entender na entrelinhas e enxergar além do óbvio. Os meus livros bobinhos de criança, como os adultos costumam chamar, me ajudaram a entender quem sou eu e a aceitar que ninguém é perfeito. 

O meu pequeno tesouro me fez lembrar de como fui feliz,  e ver também como é importante ter coisas pensadas e feitas especialmente pra essa gente pequena que está aprendendo a ser gente. Acho lindo crianças lendo ou só folheando um livro, como também acho lindo crianças correndo na rua. Até porque não sonho com um mundo de “nerdinhos”.

Hoje eu parei tudo, me sentei no chão e chamei a filha da vizinha pra brincar com os meus livros-brinquedo, hoje eu ouvi várias versões de uma mesma história contadas por quem não sabia nem ler. Hoje eu aprendi o que meu pai tentou com tantos recursos me ensinar. Hoje eu aprendi a ser desprendida e dei os livros que eu amava muito pra alguém que ia realmente usá-los. Hoje eu me dei ( eu e o meu tempo) pra quem realmente precisava de mim.

Mikaella Sousa

sábado, 6 de agosto de 2011

Será?



Ser ou ter companheiro está mais para a alimentação de ego do que para o fim teórico tão poetizado como "amor eterno".  Os nossos instintos naturais são julgados por nós mesmos como ilícitos. Diga-se de passagem, essa auto-condenação me parece um ato um tantinho estúpido.
Os homens são capazes de regozijar a liberdade alheia para diversão, mas desejam justamente o contrário para a eternidade. E lá no fundo, são eternamente condenados pelo próprio preconceito e filosofia contraditória.  
Não que nós, mulheres, tenhamos que perder o próprio respeito e dignidade. O nosso altar particular deve ser bem cuidado, mas não a ponto de ser considerado como um troféu encantado. Todavia, o referencial de ser bem cuidado é justamente o cuidado ideal. Para mim, o respeito e amor próprio são perfeitos pontos de partida para engatar um futuro digno. Digno de ser humano, solidário, afetuoso e generoso. Isso sim é ser, basicamente, honrado.

Espero não me perder "entre monstros da nossa própria criação". Fica a critério desejar e até fazer a diferença.
  
Di