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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Soneto à sombra


O que é, de fato, essa sombra?
Que me acompanha todos os meus fatídicos passos
os quais me direcionam diariamente ao fracasso,
e cada vez mais a minha alma se assombra.

A luz se emite em minha face e reflete vaidade.
Já que o externo eu burlo com muita facilidade.
Manipulo a minha forma, e por isso sou bela.
Vai e vem maquiagem, escondo as mágoas do eu - donzela.

Triste ilusão, inflamada beleza!
A luz que te ilumina também molda a fraqueza,
e é no chão que se encontra a escura companheira.

O que se vê, pra sempre ela acompanha.
E no meu quarto, a consciência deixa de ser tacanha.
E quando fecho os olhos, escura sombra então torna-se canseira?!


Di.

2 comentários:

Marcão de Açai disse...

belo soneto

Flah_h disse...

Poema a moda Agusto dos Anjos !
Meio niilista, mas lindo soneto!