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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Estranha Anencefalia

Ah, leve intuição,
acabou-se, em toda suma, o tolo receio
onde tive ao buscar com muito anseio
a minha simples colocação.

Oh! Querido ser metido a racional:
_Sei que muito queres flertar em minha cabeça,
e manipular de forma tosca toda a minha tristeza.
"Quem sabe ela se torna uma mulher comum, e coisa e tal"

E de tanto trabalhares na terra a me plantar,
vivendo o infinito desejo de me vegetar;
hão de aparecer, muito doloridas
tuas chagas, entre bolhas e feridas.

Eu agora, num breve sentimento de piedade
limparei as tuas chagas, não de todo o meu coração.
Alimentando o teu pedestal de muita vaidade,
vestirei o teu corpo de estereotipada visão.

Não vedes?, pois, medíocre alegria!
Que chorei e gerei sua intensa agonia.
Tremes e gela de tanta fobia,
e que agora é você quem sofre de estranha Anencefalia!!


Diana Silveira, março 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero saber onde vc encontra tanta amargura pra seus versos?? São interessantes mesu amor, mas amargo. Te amo, Bárbara