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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Saudade


Meu bem, tem coisas das quais eu ainda não sei falar. Um dia talvez eu até aprendo. Mas tem uma coisa que não sei bem explicar mas entendo bem, ela se chama saudade e aparece toda vez que você se vai. Seja para ir apenas na cozinha, ou por uma semana inteira.


O fato é que, voltar pra casa nunca foi tão doloroso...

E o meu coração quase nunca ficava assim, apertado de tanta ausência. Isso mesmo!


Já havia me "acostumado" à minha vida meio cigana. Um ano aqui, outro acolá... Mas agora a saudade cismou em fazer do meu peito uma casinha pequena. Não falo só de você amor (pra você não ficar egocêntrico!rs), digo de minha família de sangue, de minha família de coração. Falo de quem mora perto e longe ao mesmo tempo. Gente que mora a uma hora daqui(não sei medir a distância em Km), que mais perecem anos-luz!


Contudo, tem uma coisa que eprendi com a vida e por conta disso a saudade não me sufoca. E não me faz tão mal assim.

"Só se sabe o que é saudade quando se tem amor(dessas vez foi pra você! Pingüin)!"


Obs: Nº 1: a saudade é um filme sem cor, que o meu coração quer ver colorido!
Nº 2: Foto de Dam e Fabinho, que eu peguei sem permissão(como se eu precisasse né?!). De qualquer forma, tá linda!


Mikaella Sousa*


terça-feira, 22 de julho de 2008

Declaração de amor

Quero te contar algo.
Talvez não seja surpresa.

Não percebeu ?
Que:
O meu olhar;
O meu respirar;
Todo o meu corpo;
Todos os meus gestos;
Todos meus pensamentos.
Todo o meu ser irradia felicidade.
O meu coração transborda em sentimentos sublimes.
Que conjugam num único sentido,
No amor que sinto por você.

Paulo de Tarso

ps: "descrever a divindade do amor é uma dádiva restrita a poucos, por isso admirou-me muito as palavras deste meu amigo, o qual merece toda a minha consideração e aplausos. Parabéns pelo escrito." Diana Silveira

Inconsumáveis idéias


Minha doce tentação, tive a audácia de zanzar nas suas idéias. Más ou boas, as suas muito me interessam, uma vez que flagrei-me um dia aturdida com elas. Sabe, a sua arapuca foi muito bem arquitetada, e cômica foi a minha tragédia. Ora, se vivo entre dramas, posso sim dirigir os nosso papéis, inclusive "o que você quer falar, por horas e horas e horas, eu sei". Mas fantasias não me suprem mais; a tua dança me cativa muito mais. Mesmo que estranha, ela é real e confunde a minha alma que bêbada de adrenalina se entorpece nos embalos de nossas pernas, escondidas nos jeans e malhadas das avenidas, praças e bancos. Nada além. Porém, tudo isso.

É inadmissível o fato de eu não amar-te e paradoxalmente sujeitar-me à sua prodigalidade sentimental, que subverte disfarçadamente os princípios fatídicos e dimensiona a minha arte para a tua escola decadente, responsável somente pela abjeção da minhas suadas obras. Coloquei em vulgo parte de minha essência, a qual foi submetida à exposição em galerias profanas dirigidas pelo seu ego, e com isso, não tive o retorno esperado, mas sim o merecido _ é a lei da oferta e procura .

Mas mesmo assim, proclamo epinícios! Uma vez que percorrendo os corredores da sua escolinha descobri a sala da direção, penetrei cautelosamente nela e acessei todas as suas senhas. E foi assim que cheguei até suas idéias e percebi de forma assustadora que elas não passavam de elementos irrelevantes a você mesmo. Chorei, pois não tinha mais o que fazer. Doeu, pois mergulhei de cabeça em um incrível nada o qual sua mente representava a mim naquele exato momento. E por que então me causaste tanta confusão? Por que, se descobri agora o quão írrito foi seu planejamento?

É como dizem, se um dia me encontrei entre cobras, as minhocas se tornam os maiores riscos. Você, não sei, mas inseguro foi o planejamento o qual eu acreditei mesmo sendo inexistente. Não tenho o poder de penetrar em sua vida mais. Nunca tive mesmo! Porém, já dizia minha mãe: "ousadia e verme, toda criança tem".

De criança me tornei uma cobra, e de vidro fui esculpida...

Diana Silveira

Do que é feito o amor


"Do que é feito o amor?! O amor é feito de chicletes e de chocolate... talvez o amor seja feito de luz e cor, silencios e sons. De uma cumplicidade louca o suficiente, para ver nos defeitos do outro uma razão para se estar. E ver nos risos e olhos uma razão para viver. Para se sonhar em palavras doces e até por vezes que ferem, mas que logo acalentam por que também e perdão. Amar, é crescer e viver sempre com alguma coisa. Pequenas-grandes coisas (!). Nao importa o por que, apenas o ser. Se aprende a ter, quando somente se sabe que estar não é suficiente. É tentar achar explicações para este termo- pequeno e poderoso-, porém sem poder lhe esgotar os sentidos e significados. Entao pergunta-se novamente. O que é o amor? E todo dia hão de te dar uma resposta diferente. Igual em essência. Palavras diversas porém sempre com a mesma resposa. Não tem como dizer. Apenas se sentir. Então sinta-se a vontade... a viagem acabou de começar!!"

Obs: Lindo né?! E foi feito pra mim...
"estranho seria se eu não me apaixonasse por você"

*Meu Pinguin (!)*

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Não gosto de títulos.


E você não resistiu. Juntos, dominaríamos a situação. Mas, dessa forma que estamos nos mantemos parados, quebrados, sem nenhuma utilidade. Mas você não resistiu. Manteve-se preso às correntes arcaicas e valores burgueses, os quais eu não entendo muito bem, mas sei que existem em você. E, brutalmente, você me deixou sem expectativas, me abandonou nesse mundo estarrecedor criado pela sua consciência acusadora.

Amor feito de escárnio, matéria prima que eu tanto cultivei, por que então estou aqui? É sua obrigação traduzir as minhas atitudes, desatar os meus nós. De tanto flertar em minha cabeça, você conseguiu o certo domínio. Mesmo sabendo dos erros, mesmo baseada em experiências, inútil foi o que passou. Inconseqüente foi o meu favor, por isso saí sem autorização do seu fantasioso Estado ditatorial. Adianta colocar-me de castigo? Vindo de você, creio que sim.

Agora, a grande estúpida sou eu.


**Diana Silveira**

terça-feira, 15 de julho de 2008

Pinguin?!

...
Assim como os pinguins, quero estar junto pra sempre!

Eu acredito nas coisas, na força que certas coisas tem. Acredito no AMOR nas suas mais diversificadas fomas. Acredito no "pra sempre", no "nunca". Acredito muito, em muita coisa.
Acredito nos seus olhos. No seu sorriso. No seu silêncio. Por que tudo em você me parece feito de verdade!

E se às vezes eu não consigo explicar-nem escrever- é por que tudo em você transcende as minhas palavras... e se eu escrevesse por dias, e dias, e dias. Ainda assim, você não caberia nos meus versos. Mas tudo bem, eu nem me importo com a poesia.

Você cabe no meu abraço!

Obs.: Ultimamente está difícil até de escrever... saudadeS*

Mikaella Sousa

sábado, 12 de julho de 2008

Vai cair, de novo?


Ela caiu...
com toda a sua limpeza
fez arder;
e com muita sutileza
fez sofrer;
e salgada e apertada
fez chorar...

Rumo aos traços
visto de marcas por toda essa história,
aquela a qual fez surgir na minha memória
e daí parou.
e daí morgou

e daí morreu


E quando ela voltou

com toda esperança esperou

e novas linhas preparou,
e nunca tinha visto igual forma
e acreditou mais uma vez
em uma talvez estória

E de novo ela caiu
com muito desprezo gritou

e a ferida aberta, de tão limpa
ardeu,
mas com um pouco de sutileza

sofreu,

e meia amarga jiló
fez chorar


Rumo às linhas

firme de marcas de toda essa história
agora a qual se veste de experiência bastante,

e daí bebeu
e daí levantou

e daí sobreviveu

E quando ela voltou
com
cautela observou
agora mais preparada retomou
não tão crédula tentou alguma vitória


De qualquer jeito ela caiu

no meio de curvas cinturescas tropeçou
e nas terras do mundo
se sujou
e virada dos efeitos ardeu
e meia insensível fingiu sofrer
e sem gosto de nada
deitou,
e nem precisou beber: morgou
e agora mesmo,
virou
e toda a sua vida confiscou
e sem quebrar a torta,
derrubou
e sem membros no chão, se arrastou
e de tanto fazer,
chorou

E de tanto tédio, Morreu

Diana Silveira.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

MATE MÁtica


Do que é feito toda essas incógnitas?
de onde tão raro os sábios as decifram?

Te sinto nos dias de meus desesperos
Profundo interesse sinto em seus segredos!


Nas minhas idéias pressinto suas normas,
sou leiga, eu sei! Por isso te abuso!
Não me ignore! Você sabe dos meus achismos...

choques dos tempos de toda a História!


Tão traiçoeira, menina levada!
Criança de tapas, velha cabeça-dura!
Imutável certeza, não existe porém...
Então admito, sou ínfima alheia.

É por isso, te amo vermelha!
dos seus ventres nasceram o Trigo do Geo,
capazes de transportar a velha esperança

na sorte ou no jogo, Combinação provável!

É tão Simples! Me Arranjo em qualquer lugar!

mas se você não está, quem sabe outra chance....
eu tenho vontade de te conhecer,
tão Complexo impossível você se adapta!


No encontro Radial suas retas se perfazem

e diante da mira cuidado comigo!!!!!!
Nefasta loucura, Razão de muitas vidas!
e então, por favor, não me Mate com sua didÁtica!


Diana Silveira ** em algum dia de 2007 (época de obsessão aos estudos)

domingo, 6 de julho de 2008

No words


Se eu dissesse que te amo, estaria mentindo. Mas se dissesse que não me faz falta, seria um absurdo! Não senti saudade... foi saudosismo(é diferente sim!). Vontade de olhar o mar, ou até mesmo estar de costas pra ele, apenas ouvindo o som das ondas beijando a praia. Ouvir a tua voz me falando de coisas que ainda não conheço. Que me fazem querer tantas outras coisas...

É que quero ver. Quero viver. Viver mais!

E antes mesmo de ver você eu já sabia que você viria. Que uma hora você chegaria (o dito “príncipe encantado”. Rs). De fato, você veio, e parece que ficará um bom tempo.
Se eu dissesse que já sabia como iria ser, seria inverdade. E eu tentar prever serviu pra eu me enganar. Tudo acontece da forma como ninguém nunca imaginou. É tudo tão melhor. É tudo tão mais lindo!

Em você, tudo parece tão mais belo. Todo ato parece ensaiado. Tudo parece feito pra mim. Toda ensaio parece espetáculo. Toda nota parece arte.
Às vezes, até você parece feito pra mim... os olhos, o sorriso, a altura. TUDO!
Escrevi tanto, falei tanto e não te disse o que eu pensei. Não te disse quase nada do que penso... nem os sorvetes e os cafunés, fizeram meus pensamentos fluírem mais naturalmente(eu bem sei! Rs)! Até no papel está ficando difícil. Está tudo tão maior, não tá cabendo nas palavras (miúdas como eu).

Eu só quero que você saiba que, um dia, meu coração poderá ser seu. Um lar inteirinho pra você!.

Obs.: “Então quero mudar de lugar, Eu quero estar no lugar. Da sala pra te receber”.
Por favor, sem egocentrismo! Rs.


Mikaella Sousa*

sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Vocabulário de insanos"

E mais uma vez aqui me encontro na demência das palavras; tijolos da minha cabana de refúgio, lugar predileto da minha acanhada alma. E por isso, não sei direito o que fazer, não sei direito se devo te enfrentar, nem sei ao certo se você é o dono de minha agonia! Acho que eu nunca quis saber realmente se me embebedei de sentimentos eternos ou me saciei de nefastos momentos. Na verdade, não faz diferença a intensidade do ocorrido, o que realmente importa é o vazio que está hoje dentro de mim. Me embriaguei de teu desvario, da tua face louca, de teus atos inconseqüentes, atos que me fizeram um bem danado, mas essa merda foi efêmera.

Acabou, de certo? Para que então me seduziu? Por que causaste dependência em minha consciência se nem você sabia ao certo se iria usurfruir desse objeto

moldado pela sua astúcia? A minha canalhice foi burlada pelos seus pseudo-conhecimentos freudianos, o que prova a ineficácia de minha malícia, mas mesmo assim você continua insistindo nesse jogo sórdido, o qual nossas palavras são tênues armas que me causam muita dor. Não vedes? Será preciso que eu te jogue no abismo de meus pensamentos _ Querido, isso é o que eu mais quero.

Palavras são apenas expressões tísicas do que se sente, ou que se quer sentir. A língua, a minha em especial, é técnica em artes marciais, são tantas as posições que às vezes até se embola. Meu coração também se embola, e mal sabe distinguir quando se ama, ou quando se engana. Quando se deprecia, ou quando apenas chora. Mas o que ele sabe, e é incontestável sua convicção, é do tamanho medo da ignorância a qual você o expôs.

Então, vai me dizer a razão de ter me deixado em estado ignoto ou vai continuar a encher meu dicionário de palavras vazias? Até quando iremos permanecer nessa estaticidade emocional? Não compreendeste minha euforia e eu o entendo. Mas eu insisto que você, pelo menos hoje, merece desatar meus enigmas. Posso ser censurada pelos ideais sociais produzidos pelos outros e engolidos por mim mesma, mas posso tentar fazer valer a pena. Paremo-nos agora com essa síndrome ilusória e vamos por tudo em pratos limpos e sobreviver no final _ Feliz? Talvez.

Então, querido, quando começamos?

Diana Silveira

quinta-feira, 3 de julho de 2008

...e a noite esquentar o pé.











A noite me deixa extremamente produtiva, creio eu que a melhores coisas(nem são tantas assim...) que eu escrevi , quando as escrevi era madrugada.
Mas a noite, ou melhor, a madrugada especificamente, me faz pensar na vida. Me faz ver meus
sonhos mais latentes. Me faz pensar em você e no que poderia ter sido. No que a gente poderia ter se trasformado. No que ainda será. Será?
Enfim, não era sobre isto que pretendia falar.
Vim pra dizer que senti sua ausência muito mais forte hoje, e que hoje, senti vontade de seus beijos(mesmo não sabendo o sabor dos mesmos). E que hoje desejei de toda minha alma você pertinho de mim. Desejei o meu pé aquecendo o seu. Dormir abraçados esta noite.
Excepcionalmente hoje, eu quis você.
De qualquer jeito. Do seu jeito.
Não quis as palavras, mesmo as não-ditas. Não quis saber o que pensava, nem o que seria o depois.
Só queria você, e teu corpo aconchegado no meu peito. Queria tocar você.
Tocar não somente nos poros, no que está por fora, no que é palpável. Tocar na sua alma sentir sua pulsação. Sentir o que é latente em ti.
Meu caro,
excepcionalmente hoje, que quis ter você pra mim. Você não veio me ver
e o seu pé(que aqueceria o meu) foi bustituido por um par de meias coloridas.
Cofesso que preferia seu calor, mas todavia, dormirei bem esta noite.

Obs: As noites de inverno mexem mesmo comigo...

Mikaella Sousa*

?!?

" Por vezes sua presença entorpece. Momentos onde vozes são mais que vontades, e olhares mais que silencios. E tornam-se palavras de indizíveis segredos. Onde bocas são mãos entrelaçadas em beijos
Me torna poema em seu mundo, me sorva, declama palavras entre os meios. Se vê, me olha, nao fala. E se puder não entenda porque não quero metade. Me sejas apenas INTEIRA"

Obs: "Me too"
Mikaella Sousa*

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Gatos, Sempre traiçoeiros!


Oi gatinho! Frase bem comum, como um pensamento ou divagação na madrugada, perfeita e eterna morada para quem pretende se esconder das insanidades desemboladas pela língua. Ah! Nefasta morada de quem opta pela solidão.
Tolice crer que se pode escolher quando estará sozinho, e quando você não precisa - não mesmo!- sempre há alguém por perto-Droga!-, abraçando e abafando minha inconseqüência.

Inconseqüência é a alma daqueles que, como eu, lutam para ser somente racionais.

Uma pena que a alma seja ingênua o suficiente para se apegar ao beijo de um traiçoeiro gatinho. Mas pensando bem, a vida vai além da noite. E amanhã você se alimentará da futilidade da sua estereotipada rotina, que não te abraça e nem te beija como eu, mas que te alimenta e te eleva como se fosse deusa. Fútil como Afrodite e nunca fértil como a “Íris” dos teus olhos graúdos e carentes. E o beijo de Afrodite nunca habitará na tua boca, subproduto dessa sina que você carrega.
Daí então você sentirá o vento gélido d inverno; teus olhos serão cobertos pela cortinha de neblina. E assim cego você desejará a minha luz que arde em chamas, nesta noite, e em outras... e em outras... em outras...
Mas lembre-se gatinho que desejo fazer parte dos seus dias, mas por favor querido, por tudo que há de mais sagrado, não me transforme em tão inerte rotina

Obs.: Compreendeu agora?! Gatinho?! rs

Mikaella Sousa & Diana Pereira

Grandes casos


Grande pessoa ,
Em cima de morros modelados de erosões.
Grande caráter,
Dentro da ilustre cisma emoção
Cara de infiltração,
Por que não põe em prática a artimanha de um beijo?

Cadê minha alma? Tá muito longe de ser entendida
Mas o júri não é confesso,
as idéias são ilógicas e profundamente incoerentes
O sumo já tem muita aguardente
A indecência está cada vez menos intermitente.

Como o desejo nasce de um eixo tão distante?
Sonhos não perfazem nem mesmo em um instante
Sono de ternura, doce ilusão...
Sintomas de coragem se acalmam com repouso
Vontade em momentos, curas em desgosto

Amizade intolerante,
Onde pensa em via mar que vi amar?
Tome suas estatísticas em base de sua fobia
Cala-te e abafe, se é só isso que sabes fazer
Foi aqui que eu te vi crescer,
Foi aqui onde enviei você?



Diana Silveira

Sobra Tanta Falta...


Tenho cordado cedo... Acompanhando os primeiros raios de sol da manhã, e vendo se desfazer aos poucos a neblina fria da madrugada anterior.

Vejo os teus olhos famintos de luz... Mas o que eu mais desejo mesmo é me ver neles (teus lindos olhos). Viver somente deles. Ser a menina do teu olho!
A primeira e a ultima do teu dia.
E eu até te proporia algo bom, você me deixa estar aqui, e eu te faço companhia. Mas ainda assim, creio eu que seria pouco. Eu desejo muito mais. Te quero muito mais.
Desejo vê-lo de dentro, saber dos teus medos, dos teus males, das tuas músicas. Saber em que compasso bate o teu coração leviano... Saber do teu EU que você esconde de todo mundo, de você mesmo.

Eu queria saber o que foi bom, e o que te faz chegar mais tarde, o que te faz feliz.
Quanto aos males -se me fosse permitido- apagaria um por vez. Traria-te de volta os seus sonhos antigos, e seu disco do Cazuza que foi quebrado num acesso de fúria. E o gosto bom de ter carinho.

Eu te faria pleno e você me completaria. Como aquele sol de verão invadindo a casa fria pelas janelas abertas.

Você não precisaria ser meu, e nem eu ser sua. Seria apenas estar ali, sentados, juntos.
Daí então, você me daria um espaço no sofá da tua sala e abriria os braços me convidando pra chegar mais perto. Aconchegaria-me em teu abraço, dizendo no silêncio dos teus olhos:
- Estive guardando este lugar para você.


Obs.: Eu juro que eu quero mesmo! =P

Mikaella Sousa*

terça-feira, 1 de julho de 2008

Jardineiro e Rosa


Me perco em tentar descrever as memórias vividas por essa semana...

O que deveria ser feito, foi feito. Ora pois, havíamos planejado por tanto tempo. Ser aquele plano, aquela idéia. Foi assim que me ensinaram a vida, mesmo que Deus ou outras divindades discordem... Eu calculo tudo. E invento moda. Não! Não posso ser levada por esse rodo de mentiras, não posso ser levada por esse bando de indigentes que gritam a mesma coisa, que se deixam e se transformam num bando de brandos medíocres.

Droga... Certas conveniências me levaram a você -Jardineiro - aos seus cuidados, seus abraços e tentativas (inviáveis) de iludir minha feminilidade. Burra? Todas nós mulheres somos, eu apenas ludibrio minha burrice, às vezes. Vale ressaltar o "às vezes", porque meu olho esquerdo, apesar de estar do mesmo lado, sempre está acima do meu coração.

Jardineiro, eu passei um batom vermelho da cor de uma rosa vermelha. Fiquei tão bonitinha, sabia?? Nunca mais havia me arrumado tanto. Até as pragas do jardim se tornaram minhas amigas, tamanha foi nossa amizade que elas me levaram para jantar _ elas, tinhosas comiam tanto, tanto tanto que me convenceram a sair da dieta dos teus únicos beijos. Não que eu não gostasse deles, eles são especiais, intensos (me fizeram tremer) e possuem o melhor sabor. Mas, para conhecer o melhor sabor é necessário compará-lo com outros, e por fim, despedir-se deles, pois infelizmente os piores sempre estão por perto, durante toda nossa vida, é natural e educado agradecê-los pela companhia. Não entendeste ainda?? I'm sorry... rsrs (piadinha sem graça).

Por tanto me entupir de comida, acredito que fui seduzida pelo pecado da gula (hã? E rosas comem?), e por isso devo me ajoelhar e rezar diante da SANTA CRUZ. Me emocionar e pedir perdão a Deus pelos meus pecados. Por tentar ser humana quando deveria ser uma rosa. Olhá lá!!! Minhas orações sobem junto com a fumaça do turíbulo de incenso! Fumaça a qual apesar de eu ter alguns problemas respiratórios (dignos de uma humana), não me fez mal porque eu ainda sou uma rosa e rosas transformam gás carbônico em glicose. *Jardineiro*? Você por acaso virou coroinha?? Por que eu juro que te vi no altar segurando o turíbulo (tinha cheiro de cereja). Era você mesmo? Tenho tantas dúvidas. É que rosas enxergam mal. Na verdade elas não enxergam, não falam, não são nada sem um jardineiro. Nossa! Que missa demorada, já está tarde e eu tenho que ir senão não conseguirei a firmeza necessária para fazer fotossíntese!
De volta ao meu Encatado Jardim, encantado só de nome! O jardineiro está cada vez mais relaxado, nem veio mais podar as plantinhas, e o encantamento itinerante é! "Ele vai embora, ele vai embora pra Madagascar". E eu fiquei tão amarga, tão desgostosa que nem as pragas me mordiam mais. Mas eu estava lá. Quieta. Inerte. Pronta para ser adubada, regada, cuidada. Cadê!!! Cadê!!!!

“Pá”! (tapona da mamãe)
-Aiii mãe!! Doeu...
mamãe disse: Que bobagem menina besta! Rosas não falam, não gritam, não choram...

Valeu mãe! Realmente é tolice, essa vida de rosa não me excita. Vou voltar a ser humana: voltarei a andar, a falar, a pensar. A ser Silveira e nunca uma Palmeira(planta ou time, detesto os dois). Afinal, planta vegeta, e de vegetal eu não tenho nada. Então, Jardineiro, desculpa se te fiz trabalhar na terra seca, se te enganei ao tentar te convencer da minha vocação pra ser rosa, mas nem eu mesma fui convencida disso. Plin! Tive uma idéia! Sendo humana, eu posso ser médica, e assim, “de todo o meu coração”, poderei curar suas feridas, limpar tuas chagas, conhecer o funcionamento dos impulsos, estudar a velocidade destes e tentar controlar OS MEUS da próxima vez.

E mesmo assim, serei SEMPRE humana. Suscetível a erros, mas satisfeita quando alcanço meus objetivos, e principalmente quando há acertos.


I'm Sorry, e desta fez não foi piadinha.

Diana Silveira*