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sexta-feira, 4 de julho de 2008

"Vocabulário de insanos"

E mais uma vez aqui me encontro na demência das palavras; tijolos da minha cabana de refúgio, lugar predileto da minha acanhada alma. E por isso, não sei direito o que fazer, não sei direito se devo te enfrentar, nem sei ao certo se você é o dono de minha agonia! Acho que eu nunca quis saber realmente se me embebedei de sentimentos eternos ou me saciei de nefastos momentos. Na verdade, não faz diferença a intensidade do ocorrido, o que realmente importa é o vazio que está hoje dentro de mim. Me embriaguei de teu desvario, da tua face louca, de teus atos inconseqüentes, atos que me fizeram um bem danado, mas essa merda foi efêmera.

Acabou, de certo? Para que então me seduziu? Por que causaste dependência em minha consciência se nem você sabia ao certo se iria usurfruir desse objeto

moldado pela sua astúcia? A minha canalhice foi burlada pelos seus pseudo-conhecimentos freudianos, o que prova a ineficácia de minha malícia, mas mesmo assim você continua insistindo nesse jogo sórdido, o qual nossas palavras são tênues armas que me causam muita dor. Não vedes? Será preciso que eu te jogue no abismo de meus pensamentos _ Querido, isso é o que eu mais quero.

Palavras são apenas expressões tísicas do que se sente, ou que se quer sentir. A língua, a minha em especial, é técnica em artes marciais, são tantas as posições que às vezes até se embola. Meu coração também se embola, e mal sabe distinguir quando se ama, ou quando se engana. Quando se deprecia, ou quando apenas chora. Mas o que ele sabe, e é incontestável sua convicção, é do tamanho medo da ignorância a qual você o expôs.

Então, vai me dizer a razão de ter me deixado em estado ignoto ou vai continuar a encher meu dicionário de palavras vazias? Até quando iremos permanecer nessa estaticidade emocional? Não compreendeste minha euforia e eu o entendo. Mas eu insisto que você, pelo menos hoje, merece desatar meus enigmas. Posso ser censurada pelos ideais sociais produzidos pelos outros e engolidos por mim mesma, mas posso tentar fazer valer a pena. Paremo-nos agora com essa síndrome ilusória e vamos por tudo em pratos limpos e sobreviver no final _ Feliz? Talvez.

Então, querido, quando começamos?

Diana Silveira

3 comentários:

Anônimo disse...

por vezes palavras fortes por vezes palavras sortes, talvez tristes sera mesmo q isso existe, agressividade melodia, utopia , desespero, talvez haja besteira em palavras que escrevo agora, porem ha de se enaltecer alguma coisa em tudo isso....texto perfeita sintonia desabafo com bonito.......
muito bom...
...Psicolove...

Mikaella & Diana disse...

Ela é minha ÍDOLA! Te amo! XD

Unknown disse...

Esse é o seu estilo de escrever,o desabafo nas palavras bem complexo, que se não prestar muita atençaõ complicado entender o real sentido e passar despercebido por certas coisas. Sua marca são textos fortes.


Ps: um dia quero escrever igual a você...